quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Sonaecom - RTPN

Jornalista: Luís Neves Franco

RTP Multimédia


Quase dois anos depois de ter tentado comprar a Portugal Telecom, a Sonaecom mudou de presidente executivo, mas a estratégia ainda mantem-se. Liderada por Paulo Azevedo até assumir a administração do grupo SONAE, os resultados dos últimos anos não têm sido os mais animadores... Nos primeiros nove meses de 2008, a empresa registou um prejuízo de 8,1 milhões de euros.

Também na bolsa o percurso da Sonaecom não tem sido fácil... Desde que atingiu o valor máximo em plena OPA sobre a PT, a queda tem sido constante. Os analistas consideram que, em primeiro lugar, falta uma linha estratégica para resolver os problemas estruturais e conjunturais que a empresa está a atravessar...

VIVO - João Lampreia – Analista BIG - 00:13:59 – (Sim, efectivamente nos últimos tempos não se tem visto grandes alterações.) Efectivamente há muitos produtos novos a ser constantemente lançados ao mercado e que têm de uma forma geral sido bem recebidos por parte dos clientes, agora penso que de uma forma estruturante a SONAECOM deverá repensar um pouco a sua estratégia e a tal questão que falamos à pouco em hipotéticos movimentos de consolidação seriam porventura um inicio de uma redifinição ou de um re-alinhamento estratégico, dai eu considerar que a curto/médio prazo e face à actual conjuntura, parece-me interessante um cenário de consolidação no sector de telecomunicações em Portugal. - 00:14:38

Apesar da tentativa de aquisição do grupo PT não ter resultado, esta operação levou à separação da PT Multimédia. A eventualidade de uma fusão entre a actual ZON Multimédia e a Sonaecom é esperada pelos analistas, mas as administrações das duas empresas têm-se mostrado prudentes.

VIVO - 00:08:17 – Enfim... Portanto, não nos podemos esquecer que a ZON vem de um spin-off da PT e viemos de uma OPA sobre o grupo PT, portanto na altura sobre o grupo Portugal Telecom, PT Multimédia e portanto eu penso que qualquer uma das duas, sobretudo a SONAE não quer cometer alguns erros que foram cometidos na altura, sobretudo quando pensamos no dispender de recursos e de tempo que foi feito na altura dessa operação pública de aquisição que acabou por redondar em fracasso para a SONAE. - 00:08:53

O sector onde a Sonaecom se insere está em crescimento, e todos consideram que não deverá ser dos mais afectados pela crise. Só as comunicações móveis têm hoje uma taxa de penetração superior a 100%... e continua a crescer. Esta actividade representa dois terços do volume de negócios e é também a mais lucrativa.

Com uma politica de dividendos pouco favorável aos accionistas, os títulos da Sonaecom acabam por ser apelativos devido ao seu valor actual e à confiança no crescimento deste sector.


(Voz: Cristina Guedes)
Programa "A Cor do Dinheiro", RTPN
acordodinheiro.blogs.sapo.pt


Acções com maiores dividendos - RTPN

Jornalista: Luís Neves Franco

RTP Multimédia


Com a queda do valor das acções, a rentabilidade aumenta... em especial porque várias empresas assumiram compromissos perante os seus accionistas... Assim, se os títulos valem menos e o lucro atribuído a cada acção se mantem... A conta é simples: 5 cêntimos atribuídos a uma acção que vale 1 euro corrrespondem a uma maior rentabilidade do que a outra que custa 5 euros.

Para além da rentabilidade passada, convém olhar para o sector onde a empresa actua... O ideal é apostar nos menos expostos à conjuntura e, portanto, com menos risco. No topo da lista estão a energia e as infra-estruturas. Se quiser investir no estrangeiro, esteja também atento às farmacêuticas.

00:14:26 – Há algumas acções com perfil de risco mais reduzido, empresas reguladas , empresas com concessões, com uma estrutura de cashflows muito certinhos, as REN's , as BRISA's, as empresas desse tipo também não há muito mais que isso. 00:14:43 - Mas essas empresas convém não esquecer que sendo mais defensivas em conjunturas como esta também estão sujeitas àquilo que é o panorama geral da crise. E, portanto, se a crise continuar a acelarar no curto prazo as pessoas podem vir a ter perdas nesses papéis. - 00:14:59

Este ano, a REN distribuiu 16,3 Cêntimos por acção, e já prometeu que em 2009 o dividendo será superior. Tendo em conta a cotação do dia 24 de Dezembro, os títulos da REN têm uma rentabilidade superior a 6%.

Do lado das infraestruturas, a BRISA comprometeu-se a atribuir um dividendo de 31 cêntimos por acção. Esta remuneração representa 5,6% de rentabilidade.

A eléctrica EDP premeia os seus accionistas com um dividendo que deverá chegar aos 14 cêntimos em 2009. Com uma rentabilidade de 5,3%, os títulos da EDP superam os juros oferecidos pelos bancos.

Em 2009, a Portugal Telecom vai cumprir a promessa feita na defesa contra tentative de aquisição por parte da SONAE. Assim, oferece 57,5 cêntimos de dividendos por acção, o que significa uma remuneração de 9,6%.

As taxas de juro oferecidas pelos bancos estão queda…e as acções estão cotadas em mínimos históricos... este pode ser o momento para investir na Bolsa. Mesmo que os títulos não voltem aos valores de há um ano, só a remuneração que alguns oferecem é já superior às alternativas… Mas não se esqueça… o risco, apesar de limitado, existe! Esteja atento à evolução do Mercado… e procure o conselho de um especialista.

Grafismos

REN – € 0,163/acção - 6%

BRISA – € 0,31/acção - 5,6%

EDP - € 0,14/acção - 5,3%

Portugal Telecom - € 0,575/acção - 9,6%


(Voz: Cristina Guedes)
Programa "A Cor do Dinheiro", RTPN
acordodinheiro.blogs.sapo.pt

Dicionário das Acções - RTPN

Jornalista: Luís Neves Franco

RTP Multimédia


Comprar e vender acções... é para alguns algo esporádico, fruto de um impulso momentâneo... para outros um negocio diário, baseado em indicadores financeiros...

Para se ganhar neste mercado, é preciso alguma sorte... mas também é imprescindível analisar alguns indicadores.

EPS significa Earning Per Share ou, em português, lucro por acção. Uma conta simples: basta dividir os resultados da empresa pelo número de acções. Quanto mais alto for este valor, melhor é a acção. Se olharmos para a evolução nos últimos anos, e esta for crescente, ainda melhor.

Outra sigla... PER ou Price Earning Ratio... Dividindo o lucro por acção pelo seu valor em bolsa, permite saber o número de anos necessário para o investidor reaver o seu dinheiro. Este indicador parte do principio que os lucros são estáveis e, caso se cumpra, no final deste prazo o valor de venda da acção é 100% lucro do investimento.

Dividend Yeld... é calculado dividindo os lucros atribuídos aos accionistas, ou seja os dividendos , pelo valor da acção no mercado de valores. O mais frequente é analisar a sua evolução ao longo do tempo. Se o valor do dividend yeld está a subir, isso significa que o preço da acção está a tornar-se mais apetecível para comprar, o que significa mais barata e um melhor investimento.

O price-target, ou preço-alvo em português... Os analistas que acompanham e avaliam uma determinada empresa atribuem um valor justo para as suas acções. Se não existissem factores inesperados, e se o analista for competente, é um bom indício sobre a possibilidade da acção vir a valorizar ou desvalorizar no médio prazo. Mas nem sempre tudo corre como se espera, pelo que deve ser olhado de forma cuidadosa e não como único elemento de análise.

Caso pretenda comprar acções, olhe para todos estes indicadores... Só uma análise cuidada e abrangente pode gerar receitas quase certas... A sorte e a intuição não devem passar de factores de desempate...

EPS = lucro/nº acções

Earning Per Share

PER = EPS (lucro/nº acções)/ cotação

Price Earning Ratio

Dividend Yeld = Dividendos / cotação



(Voz: Cristina Guedes)
Programa "A Cor do Dinheiro", RTPN
acordodinheiro.blogs.sapo.pt

EDP Renováveis - RTPN

Jornalista: Luís Neves Franco

Vídeo RTP Multimédia


A mais recente empresa da Bolsa de Lisboa tem registado um percurso atribulado. Apesar de se inserir num mercado em forte crescimento, as suas acções sofreram uma queda superior a 40% desde que entraram em bolsa, em Junho deste ano. Na altura, os analistas diziam que 8 euros era um preço atractivo para os títulos da EDP Renováveis. Hoje, estão a valer menos de 5 euros. Se este foi um mau negocio para quem comprou acções na “oferta pública inicial”, para a empresa foi um sucesso.

Vivo – Cassete EDP – Ana Suspiro – Jornalista DN - 00:00:53 – (Pois na altura era um bocadinho difícil prever aquilo que veio a acontecer,) a desvalorização das acções da EDP Renováveis não está única e exclusivamente a associada à empresa. Há uma situação de mercado muito grave que está a afectar por igual todas as empresas. 00:01:07 – Agora, de facto, alguns analistas que têm feito recomendações, salientam que foi muito bem vendida pelo menos do ponto de vista da EDP, não é? E que, de facto, eles conseguiram um preço muito bom sobretudo numa altura em que o mercado em geral já estava bastante a descer. – 00:01:25

Para quem foi um dos pioneiros, o momento é para aguardar. Não se precipite! As acções podem não voltar ao valor da oferta inicial mas, pelo menos, uma coisa é certa. Se vender agora estará a perder mais dinheiro do que se esperar pela recuperação do mercado.

00:07:48 – (Eu acho que sim, não é?) Isso é válido para todas as acções neste momento que estão no mercado e, sobretudo, porque esta empresa sabia-se e as pessoas tem que ter consciência porque isso foi dito, sobretudo do ponto de vista do negocio, que seria um investimento a prazo, nunca seria um investimento para dar grandes dividendos logo no arranque. 00:08:04 – (Portanto, eu acho que sim.) Acho que é esperar para ver o que é que vai acontecer, de qualquer forma este continua a ser um negocio e uma actividade bastante protegida pelos países onde há, sobretudo do ponto de vista regulatório e do ponto de vista politico bastante incentivos e apoios. 00:08:20 – Portanto, desse ponto de vista, a actividade está protegida. Depois os problemas com os quais ninguém pode, de facto, prever tem a ver com o mercado accionista, a existência de fundos ou não para a empresa continuar a investir na sua actividade. – 00:08:36

“Com Obama, a EDP Renováveis vai ter melhores condições para crescer nos estados unidos”. Este foi o comentário feito por Rui Teixeira, responsável financeiro da empresa, quando recebeu a notícia da vitória do novo presidente. A empresa portuguesa está presente no mercado americano desde que comprou a Horizon, há cerca de um ano, por 2 mil milhões de euros,. A partir deste momento, a Renováveis tornou-se no quarto maior operador no sector da energia eólica a nível mundial.
Inserida num mercado em franco crescimento, e com acções cotadas a um (entra grafismo analistas preço-alvo) valor cerca de 47% abaixo do preço-alvo, (entra grafismo analistas recomendação) não admira que a maioria dos 20 analistas que acompanham a EDP Renováveis recomende a compra dos títulos.


Grafismo:
Analistas EDP Renováveis
Preço-alvo – € 7,25
(média dos 20 analistas)

Analistas EDP Renováveis
Recomendações
Comprar – 12
Neutral – 5
Underperform – 1
Overweight – 2

(Voz: Cristina Guedes)
Programa "A Cor do Dinheiro", RTPN
acordodinheiro.blogs.sapo.pt

Caso "Madoff" - RTPN

Jornalista: Luís Neves Franco

Vídeo RTP Multimédia


Bernard Madoff... Um nome que ficará para a história do sistema financeiro mundial... Contudo, não será lembrado enquanto ex-presidente do Nasdaq, mas sim como o responsável por uma das maiores fraudes a que o mundo já assistiu.

O esquema era simples... Madoff atraia os investidores com promessas de rendibilidades elevadas. A ilusão resultou durante décadas (entra grafismo esquema Madoff) porque o corretor pagava aos investidores antigos com o dinheiro entregue pelos novos clientes. Nem quando Madoff continuava a prometer rendibilidades acima da média os investidores desconfiaram. No final de Novembro, enquanto todo o sistema apresentava fortes perdas, os fundos de Madoff prometiam ganhos de 5,6%.

Quando, nas últimas semanas, os investidores começaram a pedir a devolução do seu dinheiro, a realidade mostrou o que Madoff conseguiu esconder durante décadas... os cofres estavam quase vazios. Segundo as estimativas mais recentes, as perdas poderão alcançar os 37 mil milhões de euros.

Em Portugal, os prejuízos chegam já aos 96 milhões de euros, de acordo com a CMVM e o Banco de Portugal. Os clientes do BES e do Santander Totta são os mais afectados, num valor próximo dos 31 milhões de euros.


(Voz: Cristina Guedes)
Programa "A Cor do Dinheiro", RTPN
acordodinheiro.blogs.sapo.pt