quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Millennium BCP - RTPN

Jornalista: Luís Neves Franco

O ano de 2007 foi um ano de instabilidade ao nível da estrutura do banco, da sua administração e dos seus accionistas, com várias Assembleias Gerais estratégicas a gerarem muita polémica e com uma grande variação na estrutura accionista. Contudo, 2008 também não está a ser fácil para o Banco Comercial Português.

Sendo o maior banco priovado português, é também aquele onde há uma maior distribuição do poder. Não existe nenhum accionista que controle ou consiga facilmente controlar o banco. Em 30 de Junho, a maior participação pertencia à Sonangol, mas apenas representava pouco menos de 10% do capital.

No terceiro trimestre de 2008, não conseguiu resistir às pressões do mercado, registando uma queda de 64,8%. Mesmo assim, os analistas aplaudiram a evolução dos custos do BCP, considerando-os como “relativamente neutrais”.

Na apresentação de resultados feita na semana passada, a administração do banco preferiu considerar este periodo como “um ano que se espera não recorrente.

Vivo – Carlos Santos Ferreira – Presidente do BCP - "ainda que num ano que se espera 'não recorrente' os resultados líquidos consolidados do Banco nos primeiros nove meses de 2008 ascenderam a 142,1 milhões de euros, e a 344,6 milhões de euros excluindo o impacto designadamente das perdas por imparidade da participação no BPI. Os resultados da actividade Internacional, sólido pilar da estratégia de crescimento do Banco, aumentaram 18%, excluída a operação romena, lançada há um ano e que se encontra em fase de investimento"

Ao nível das acções, o maior banco privado português apresenta uma queda, desde o inicio do ano, superior a 70%, estando neste momento valer menos que o seu valor nominal: um euro. Um banco relativamente estavel e em cerscimento, com acções a preço de saldo, é sempre apontado como um possível alvo de uma aquisição.

Vivo Maria João Gago – Jornalista Jornal de Negócios - A Cor do Dinheiro/PGM6/BCP/ - 00:08:19 – Pronto, é difícil estar a dar uma resposta. À partida eu acho que na sequência desta crise financeira os bancos estão sobretudo preocupados em arrumar as suas próprias casas, cada um dos bancos e portanto acho pouco provável digamos assim que neste momento pudesse surgir uma Oferta Pública de Aquisição sobre o BCP vinda de um grande banco internacional, por exemplo. - 00:08:45

Criado em 1985 sob a liderança de Jorge Jardim Gonçalves, tem crescido essencialmente graças a uma política de aquisições e fusões. Apesar de ainda continuar a crescer em Portugal, o banco tem apostado cada vez mais num processo de internacionalização, com a criação de bancos em paíse como a Polónia, a Grécia e, mais recentemente, a Roménia.

(Voz: Cristina Guedes)
Programa "A Cor do Dinheiro", RTPN
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