quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Certificados de Aforro - RTPN

Jornalista: Luís Neves Franco


Bilhete de identidade, Cartão de contribuinte e número da conta bancária. Bastam estes documentos e, claro, algum dinheiro de parte, para subscrever o título mais popular de poupança para os portugueses e, também, o mais seguro.

No final do ano passado, mais de 700 mil pessoas tinham parte das suas poupanças aplicados em certificados de aforro, confiantes na segurança destes títulos. Contudo, e apesar da instabilidade nos mercados financeiros, desde que o Governo resolveu lançar a nova série de certificados, no final de Janeiro de 2008, que a fuga tem sido constante. Entre a subscrição de novos certificados e a amortização de antigos, assiste-se a um decréscimo de 848 milhões de euros entre Fevereiro e Agosto de 2008.

As diferenças entre as séries B e C de certificados de aforro residem, em especial, no prazo de vencimento: que passou de vitalício para 10 anos; no cálculo das taxas de juro; e na atribuição de prémios de permanência. Apesar do prémio máximo ser agora de 2,5%, este só passa a ter efeito no 10º e ultimo ano. Na série que foi emitida até Janeiro de 2008, o premio só chegava aos 2%, mas começava a contar logo a partir do 4º ano.

Para o Governo, as novas regras pretendem beneficiar o Estado e os pequenos investidores.

VIVO – Alberto Soares – Presidente IGCP – 00:01:33 – essas alterações desatinaram-se, por um lado (...) fixação de um montante de subscrição mais baixo do que a série anterior. – 00:02:07

A 24 de Fevereiro, o Governo decidiu também que cada pessoas deixaria de poder investir até 250 mil euros em certificados de aforro, estabelecendo o limite de 100 mil euros por contribuinte. O objectivo foi, mais uma vez, direccionar este título para os investidores de menores rendimentos.

VIVO – Alberto Soares – Presidente IGCP – 00:02:21 – Se verificar em média das contas da série B (...) o montante médio passou para cerca de 3 mil euros – 00:02:52 – portanto, o que se liga a um outro objectivo (...) superior aos restantes instrumentos de financiamento q têm ao seu dispor – 00:03:20

Se subscrever um certificado de aforro em Outubro, a taxa de juro é de 4%, muito abaixo dos 5,2% da média mensal da Euribor. Apesar de ser menos rentável que aplicar o dinheiro num depósito a prazo, o grau de risco é diferente. A decisão final terá que combinar estes dois factores: rendibilidade e risco.

(Voz: Cristina Guedes)
Programa "A Cor do Dinheiro", RTPN
acordodinheiro.blogs.sapo.pt

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